A população mineira deve se preparar para enfrentar um primeiro trimestre de 2024 com temperaturas elevadas e chuvas acima da média histórica, segundo o recente relatório de tendência climática elaborado pelo Sistema de Meteorologia e Recursos Hídricos de Minas Gerais (Simge), vinculado ao Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam). O documento, divulgado na última terça-feira (26/12), destaca que algumas regiões do estado poderão registrar até 2°C acima da média de temperatura.
A principal influência para esse cenário climático é a persistência do fenômeno atmosférico-oceânico conhecido como El Niño. Caracterizado por anomalias positivas da Temperatura da Superfície do Mar (TSM), o El Niño provoca o aquecimento das águas no Oceano Pacífico Tropical Centro-Oriental, próximo à costa oeste da América do Sul. O meteorologista do Simge, Heriberto dos Anjos, destaca que o El Niño para o período de 2023/2024 já está classificado entre os cinco mais intensos registrados desde 1950, e a tendência é que continue influenciando o clima durante toda a estação do Verão, ou seja, até o final de março de 2024.
A previsão indica que a maior parte de Minas Gerais apresentará temperaturas 1°C acima da média histórica. Contudo, no extremo norte do estado, abrangendo as regiões do Norte de Minas e Jequitinhonha, esse valor pode chegar a 2°C. Esse aumento nas temperaturas pode impactar diretamente na saúde e no dia a dia da população, exigindo medidas de precaução para evitar problemas relacionados ao calor excessivo.
No que diz respeito às chuvas, a previsão do Simge aponta para anomalias positivas de precipitação na porção norte do estado, incluindo as regiões Noroeste, Norte de Minas e Jequitinhonha. Nestas áreas, espera-se que as chuvas estejam entre 50 a 100 mm acima da média histórica para o primeiro trimestre de 2024. Já nas demais regiões de Minas Gerais, a previsão é de chuvas dentro da normalidade, o que pode representar um alívio para as áreas que enfrentam períodos de estiagem.
Diante desse panorama climático, é fundamental que a população esteja atenta às recomendações das autoridades locais e adote medidas preventivas para enfrentar as condições extremas previstas. O acesso ao relatório completo elaborado pelo Simge pode ser feito clicando aqui.
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