Polícia Civil informa abertura de inquérito para apurar crime de tortura em Curvelo

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) divulgou uma nota oficial nesta quarta-feira (26/6) sobre o caso de tortura que chocou os moradores de Curvelo. Um vídeo, amplamente compartilhado nas redes sociais, mostra uma mulher de 29 anos sendo torturada por outra mulher, de 28 anos, após ser acusada de roubar um boné.

Conforme a nota da Polícia Civil, um inquérito policial foi instaurado para investigar o suposto crime de tortura. "A PCMG esclarece que a suspeita, de 28 anos, foi ouvida pela autoridade policial e liberada. Os trâmites da investigação estão em andamento e todas as providências de polícia judiciária vêm sendo adotadas. Outras informações serão divulgadas em momento oportuno, para não atrapalhar o feito," informou a corporação.

O caso ganhou notoriedade após a circulação de um vídeo, no qual a vítima é agredida física e psicologicamente. A agressora utiliza uma faca para intimidar e ferir a vítima, que é uma conhecida dependente química da região. A brutalidade do ato gerou uma onda de indignação e pedidos por justiça entre os habitantes de Curvelo. (leia mais)

Em entrevista à jornalista Lorena Lemos da Rádio Centrominas, o advogado André Carneiro comentou sobre os possíveis crimes cometidos. "No vídeo, verifica-se a prática de vários crimes, incluindo tortura e cárcere privado. A vítima é constrangida com violência e grave ameaça para obter informações sobre um suposto furto," afirmou Carneiro.

O vídeo também mostra uma terceira pessoa que presencia a agressão e incentiva a tortura. Além disso, uma criança é vista filmando a cena, o que agrava ainda mais a situação. Carneiro ressaltou que tanto a terceira pessoa quanto a responsável pela criança podem ser legalmente responsabilizadas.

Com a abertura do inquérito, a Polícia Civil está sob pressão para conduzir uma investigação rigorosa e trazer justiça para a vítima.