Centro de referência e MVHL prestam uma homenagem póstuma à professora

Por Geraldo Álvares

A poesia era parte significativa e motivadora da vida da professora Sheila Nara Guimarães. Uma homenagem do Centro de Referência "Professora Antônia Cleusa Guimarães"/Museu Vivo de História Local da Facic

Mãos Dadas

Não serei o poeta de um mundo caduco, também não cantarei o mundo futuro estou preso à vida e olho meus companheiros.

Estão tacitiurnos, mas nutrem grandes esperanças.

Entre eles, considere a enorme realidade, o presente é tão grande, não nos afastemos.

Não serei o poeta de uma mulher, de um história, não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela, não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicídio, não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.

O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes, a vida presente.

Carlos Drummond de Andrade

A Poesia vai as ruas

Canção para fonemas da alegria

...peço licença para teminar soletrando a canção de rebeldia que existe nos fonemas de alegria: canção de amor geral que eu vi crescer nos olhos do homem que aprendeu a ler

Thiago de Mello

Perguntas de um operário que lê

[...] quem destruiu tebas das sete portas?

Nos livros coonstam os nomes dos reis.

Os reis afastaram os blobos de pedras?

Para onde foram os operários na noite em que ficou pronta a muralha da china?[...]

Bertolt Brecht

Os Lusíadas, Canto i, Estrofe 1

As armas e os barões assinalados

que , da ocidental praia lusitana,

por mares nunca de antes navegados

passaram ainda além da taprobana,

em perigos e guerras esforçados,

mais do que prometia a força humana,

e entre gente remota edificaram

novo reino, que tanto sublimaram*[...]

"É preciso plantar no chão do tempo a palavra amor com gesto ardente! Pois a vida presente é a futura!"