Por Newton VIEIRA
Tu me pedes que te telefone toda noite para dizer coisas bonitas, mesmo depois de teres passado horas e horas em meus braços.
Pergunto por perguntar se não te atrapalho o descanso. Então me tranquilizas: “Às vezes, convém perder o sono para não perder o sonho”. E eu atendo a teu pedido.
Tu me pedes que mantenha os cabelos grisalhos e a barba por fazer. Asseguras em delicioso eufemismo: “Adoro essa aparência de mais... refletido...” Atendo ao que me pedes, não obstante a estranheza...
Ardendo em volúpia, tu me pedes que afogue a tua sede primaveril de descobertas na placidez de meu quase-outono. E eu atendo a teu pedido, feliz, muito feliz...
Tu me pedes um pacto de fidelidade, com direito a furo no dedo, ao som de palavras que conduzem às estrelas, entre juras de amor por toda a vida.
E eu não atendo a teu pedido pela mais simples das razões: a vida pode expirar em fração de segundos; nosso amor, no entanto, desconhece as fronteiras do tempo.
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