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Plano safra de quatro a cinco anos para setor poder planejar




Patrona da 70ª Exposição Agrícola e Industrial de Curvelo – Expo Curvelo – em Minas Gerais, a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, falou durante a solenidade de abertura da feira no Parque Antônio Ernesto de Salvo, sobre as expectativas do setor em relação ao novo Plano Agrícola e Pecuário (PAP) que será anunciando pela presidente da República no início de junho. Segundo ela, a agropecuária brasileira não quer mais trabalhar com base no improviso. “Há 40 anos se justificava um plano anual”, afirmou a presidente da CNA defendendo a necessidade de um plano de safra com prazo intermediário de 18 meses capaz de evoluir para um plano de quatro a cinco anos de vigência. E, além disso, permita um planejamento adequado da atividade, com melhor gerenciamento da compra dos insumos e da comercialização dos produtos.





Em seu discurso, a presidente da CNA afirmou que  é preciso definir um plano de safra para um setor que veio para ficar. “O Brasil já sonha em ser o país do alimento”, disse a presidente da CNA, afirmando que o País deixou de buscar apenas o crescimento industrial, assumindo sua verdadeira vocação. Para ela, eventos como a Expo Curvelo reúnem a inovação e a tecnologia do setor e retratam a modernidade da agropecuária brasileira.


A senadora relatou, também, os bons resultados obtidos com a inserção internacional da CNA, que inaugurou um escritório em Pequim, na China, no ano passado, e estará abrindo outro em Bruxelas, na Bélgica, em junho. Segundo ela, nos contatos com investidores, importadores, autoridades e imprensa neste mundo afora já é possível perceber o reconhecimento do sucesso da atividade agropecuária do Brasil.


Segundo ela, o Brasil tem condições de atender ao desafio da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) de aumentar em 40% a sua produção de alimentos até 2050, quando a população mundial estimada será de 9 bilhões de habitantes. Para ela, com políticas públicas adequadas e os investimentos do setor em novas tecnologias será possível superar essa meta, produzindo mais, ocupando a mesma área. “Precisamos tirar mais do mesmo espaço de chão”, afirmou, estimulando os pecuaristas a investir em agricultura de baixo Carbono e tecnologias destinada à fertilização e recuperação do solo.


Kátia Abreu disse, também, que a CNA vai criar o ano do café com leite, para estimular a busca de maior competitividade da produção de leite e a expansão do consumo do café.  Ela falou sobre a Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA) criada pela parceria CNA e Ministério da Agricultura, a maior do mundo no gênero, que permitirá um eficiente controle sanitário e proporcionará maior credibilidade à carne brasileira, estimulando as exportações. A  senadora falou sobre sua expectativa de que o plano de defesa sanitária sugerido ao Governo seja incluído no próximo plano de safra.


O presidente da Associação Mineira dos Criadores de Zebu (AMCZ), Gustavo Pitangui de Salvo, ao abrir oficialmente a exposição, agradeceu à senadora Kátia Abreu o trabalho que vem realizando em defesa do setor e solicitou que “continue firme a nos liderar para a concretização dos nossos sonhos”. Segundo ele, a presidente da CNA vem atuando como “a ponte que liga os produtores rurais aos governantes do País”. O prefeito de Curvelo, Maurílio Guimarães, lembrou que a senadora Kátia Abreu substituiu a altura o ex-presidente da CNA e cidadão de Curvelo, Antônio Ernesto de Salvo, e pediu que continue a defender a classe rural e a atividade privada do Brasil.


Também participaram da cerimônia o Secretário de Agricultura do Estado, Elmiro Nascimento, o Secretário de Turismo, Agostinho Patrus, o ex-governador Eduardo Azeredo, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (FAEMG), Roberto Simões, o presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA, Rodrigo Alvim, e o presidente do Sindicato Rural de Curvelo, Dalton Canabrava Filho.

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