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Moradores da bacia do Paraopeba têm acesso a mais de 2 bilhões de litros de água


Moradores ribeirinhos diretamente impactados pela interrupção da captação de água no rio Paraopeba, no trecho entre Brumadinho e Pompéu, aos poucos têm acesso a alternativas definitivas para o abastecimento de água. Até o primeiro semestre deste ano, foram construídas ou reativadas cerca de 40 captações subterrâneas, que contribuíram para disponibilizar aproximadamente 1 bilhão de litros de água para as comunidades atingidas. A medida é uma das frentes adotadas pela Vale para garantir abastecimento àqueles que captavam água do Paraopeba e contribuir para que retomem o quanto antes sua rotina. Além das ações definitivas, outros 1,3 bilhão de litros de água potável já foram entregues por meio caminhões pipa. Somadas, as duas estratégias já disponibilizaram 2,3 bilhões de litros de água para moradores de 16 municípios impactados.

A estratégia de abastecimento tem como princípio garantir o acesso a um recurso de qualidade e na quantidade que todos os moradores impactados necessitam. Para definir a elegibilidade, foram definidos critérios que acompanham nota técnica do Instituto Mineiro de Gestão de Águas (Igam): têm direito à entrega as famílias que faziam captação de água diretamente no Paraopeba, independentemente da distância do rio, além daquelas que tinham captações subterrâneas instaladas até 100 metros da margem do rio, de Brumadinho até a Usina de Retiro Baixo, em Pompéu.

As entregas iniciais são feitas por mais de 60 caminhões pipa, que percorrem, juntos, mais de 12 mil quilômetros por dia para levar o recurso de qualidade até a casa dos moradores impactados. Em paralelo à entrega emergencial, uma equipe técnica da Vale analisa a propriedade, buscando alternativas definitivas ao abastecimento. Dessa forma são reativadas ou instaladas captações superficiais e subterrâneas em locais onde não há restrição de uso da água do Paraopeba.

A meta é restabelecer o volume de abastecimento que cada morador contava antes do rompimento da barragem B1.

Apoio à segurança hídrica

Os municípios impactados também têm recebido, desde 2019, ações estruturantes que visam reforçar sua segurança hídrica. Uma das entregas efetivadas no primeiro semestre deste ano foi a adutora do rio Pará. Com 50 quilômetros de extensão, a estrutura faz a captação de água nesse rio para garantir o atendimento direto ao município de Pará de Minas. A vazão da estrutura é de 284 L/s, mesmo volume que o município captava no rio Paraopeba antes do rompimento da barragem.

Já em Paraopeba e Caetanópis, três novas estruturas irão garantir o acesso à água de qualidade para toda a população. As duas primeiras, já em funcionamento, são a perfuração de poços tubulares profundos e a construção de captação superficial no ribeirão do Cedro. Os dois municípios também contarão, em breve, com um novo reservatório de água bruta, de capacidade de 700 mil m³.

Distribuição emergencial de água

Enquanto aguarda uma solução definitiva para sua propriedade, o produtor rural Alexandre Souza Cruz, morador de Esmeraldas, recebe todos os dias água limpa e de qualidade para usar em suas duas fazendas. “Nas fazendas, trabalhamos com gado de leite e, também, temos cavalos. A água que chega é de excelente qualidade. Quando ela é entregue, mostram como está o pH, a quantidade de cloro, e dá para usar para tudo”, relata.

Marco Furini, coordenador Agropecuário da Vale, ressalta o uso de tecnologia que garantir mais confiabilidade e rastreabilidade ao processo de entrega, capaz de registrar todas as ações realidades. “Temos a responsabilidade de levar água de qualidade às pessoas. Por isso, criamos um processo para fazermos da forma mais transparente possível, entregando a melhor qualidade dentro do que prevê a legislação.”

Além da água, Alexandre e donos de outras 260 propriedades recebem produtos para a alimentação animal de suas criações. A entrega já ultrapassou a marca de 100 milhões de quilos usados. Nesses locais, também já foram concluídas instalações hidráulicas e de bebedouros, além da instalação de caixas d’água.

Qualidade e monitoramento da água do rio Paraopeba

As avaliações ao longo de mais de dois anos de monitoramento demonstram que o rio Paraopeba vem apresentando sinais de melhora em diversos parâmetros físico-químicos. A análise dos parâmetros ferro e manganês, na forma total, elementos que podem ser correlacionados de maneira direta ao rompimento, demonstra que a qualidade da água está em fase de transição, com uma progressiva redução das concentrações entre os períodos chuvosos e de estiagem, e testes estatísticos de tendência comprovam a recuperação da qualidade das águas nas regiões mais impactadas. Ainda em 2019 a empresa executou um conjunto de obras emergenciais que cessaram novos carreamentos para o rio. As informações sobre o rio Paraopeba estão disponíveis no portal: vale.com/reparacao.

Atualmente são 70 pontos de monitoramento, mais de 38 mil amostras coletadas, cerca de 5,6 milhões de resultados de análises de água, solo, rejeito e sedimentos, além de cerca de 250 profissionais envolvidos no processo. Para modernizar ainda mais o processo também é realizado o monitoramento automático, através de 11 estações telemétricas, o que permite a medição remota de hora em hora, com transmissão de dados visa satélite, aumentando a eficiência das informações.

Desde janeiro de 2019, a qualidade da água do rio Paraopeba é monitorada pelo Igam e pela Vale. Alguns dos afluentes também são acompanhados de forma preventiva, assim como o reservatório da Usina Hidrelétrica de Três Marias e o rio São Francisco, uma vez que não foram afetados pelos rejeitos. Todo o trabalho é acompanhando por auditória técnica e ambiental independente, indicada pelo Ministério Público de Minas Gerais. Os dados obtidos pelos trabalhos de monitoramento são periodicamente entregues aos órgãos fiscalizadores.

Restrições de uso da água

O Igam, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais e a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento mantêm a recomendação de não utilização da água bruta do rio Paraopeba, como medida preventiva, no trecho que abrange os municípios de Brumadinho até o limite da Usina hidrelétrica Retiro Baixo, em Pompéu. O uso da água nos trechos que estão antes do município de Brumadinho (antes do local afetado pelo rompimento) e depois da UHE Retiro Baixo, estão liberados para os mais diversos fins e não existe nenhuma restrição pelos órgãos públicos.

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