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Pesquisa revela índice de infestação do Aedes aegypti em Minas


Uma pesquisa divulgado pela Secretaria de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), revela o nível de infestação do mosquito Aedes aegypti em Minas.

De acordo com o estudo, divulgado no dia 28 de fevereiro de 2023, dos 828 municípios que participaram do estudo, 319 deles (38,6%) apresentam o Índice de Infestação Predial (IIP) igual ou maior que 4 – ou seja, estão em situação de risco para a transmissão da dengue, chikungunya e zica, doenças das quais o mosquito é o vetor de contágio. Outros 339 municípios (41%) estão em “alerta” e, em 169 (20,4%), o indicador foi classificado como satisfatório, pois o IIP é menor que 1.

O IIP indica o percentual de imóveis que apresentaram recipientes infestados por larvas de mosquito Aedes aegypti em relação ao total de imóveis que foram vistoriados pelos agentes de combate a endemias (ACE).

Recipientes infestados

Em janeiro, a maioria (30,8%) dos recipientes infestados em Minas Gerais foram os depósitos móveis (vasos ou frascos, pratos, bebedouros, materiais em depósitos de construção), seguidos dos depósitos passíveis de remoção/proteção, como lixo, sucata e entulho (23,8%); e dos depósitos utilizados no armazenamento de água para consumo humano ao nível do solo (15,8%), como tonel, tambor, barril e filtro. Os tipos de depósitos de água menos infestados pelo mosquito foram os pneus e outros materiais rodantes (9,9%), os depósitos fixos, como tanques em obras, calhas, lajes, piscinas e ralos (8,1%); os depósitos de água elevados ligados a sistema de captação (7,1%), como caixa d´água e tambor; e os depósitos naturais (bromélias, ocos de árvores e rochas (4,5%).

Ação nos domicílios

Gisele Pena, supervisora de campo no controle de zoonoses, em Santa Luzia, explica que o trabalho dos ACE consiste em visitas domiciliares periódicas, com atuação em três frentes: conscientização; vistorias em áreas externas e eliminação de focos; e educação e saúde. “Nessas visitas, identificamos os criadouros e mostramos para as famílias a importância de eliminá-los no tempo oportuno, pois no período chuvoso a proliferação do mosquito é mais rápida. Mas o nosso principal desafio ainda é conscientizar a população”, afirma.

Segundo Maxsuel Oliveira, agente de combate a endemias, a melhor forma de combater o mosquito é evitar que ele se prolifere. “O ciclo de vida do mosquito começa a partir do momento em que ele tem acesso a um recipiente em que possa botar os ovos. Esses ovos viram larvas, depois pupas e então mosquitos. Num intervalo de 35 a 45 dias, o mosquito fêmea do Aedes aegypti é capaz de transmitir a dengue para cerca de 90 pessoas. Em cada ciclo, é possível botar até 500 ovos, então são 500 novos mosquitos naquele local”, explica.

“Por isso é muito importante que qualquer recipiente que acumule água seja descartado e que os moradores sempre verifiquem o quintal para eliminar qualquer coisa que esteja parando água, seja um pratinho, um copinho ou uma tampinha e também as calhas que podem encher com as chuvas ou entupir de folhas. Enfim, nos quintais há muitas coisas que não são percebidas diariamente e onde o mosquito consegue se reproduzir”, alerta o agente. “Outra medida essencial é a manutenção regular das caixas d'água, num período de até seis meses. Também é importante verificar as plantas que acumulam águas em suas folhas”, complementa Oliveira.

Cenário epidemiológico atual

Até 12/03, Minas Gerais registrou 83.911 casos prováveis (casos notificados exceto os descartados) de dengue. Desse total, 25.265 casos foram confirmados para a doença. Há nove óbitos confirmados por dengue em Minas Gerais e 40 óbitos em investigação.

Em relação à febre Chikungunya, foram registrados 27.514 casos prováveis da doença, dos quais 7.555 foram confirmados. Até o momento, não há nenhum óbito confirmado por Chikungunya em Minas Gerais e quatro estão em investigação.

Quanto ao vírus Zika, até o momento foram registrados 116 casos prováveis. Há cinco casos confirmados para a doença e não há óbitos por Zika em Minas Gerais, até o momento.


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